terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Terapia Moxabustão (vídeo)

Terapia MOXABUSTÃO

Num mundo stressante como aquele em que vivemos, todos gostariam de ter trinta minutos de folga para fazer uma terapia corporal para aliviar a tensão. Na hora de escolher, vale a pena apostar na sabedoria milenar oriental e experimentar técnicas como a MOXABUSTÃO.



Ainda pouco conhecida no Ocidente, a moxabustão, técnica que se serve do fogo para activar pontos energéticos, pode ser tão eficiente quanto os outros métodos da medicina chinesa.

Apesar de menos popular por aqui, a técnica é tão ou mais antiga que a Acupunctura tradicional e consiste num tratamento em que pontos, zonas e meridianos são estimulados por calor em vez de por agulhas. Por isso, é conhecida também como Acupunctura Térmica.

Assim como a Acupunctura, a técnica de Moxabustão nasceu na China e evoluiu em diversas regiões orientais, principalmente naquelas terras de baixas temperaturas, onde o frio, o vento e a humidade são importantes agentes causadores de doenças. Quando o terapeuta faz um bom diagnóstico e sabe que a patologia é causada pelo frio, a moxa torna-se mais eficiente que a Acupunctura.

Segundo especialistas, a moxa também é um tratamento alternativo para quem foge das agulhas utilizadas na Acupunctura. Desde que não queime a pele, a aplicação é indolor. Por essa razão, a técnica também é muito indicada para crianças.

Actualmente existem vários tipos de materiais de aplicação tais como o carvão, com a vantagem de não exalar cheiro nem fumaça, ou a moxa eléctrica, um instrumento que emite calor. Mas, sem dúvida, o principal elemento utilizado actualmente para a terapia é a planta artemísia. A sua parte fibrosa, depois de seca, assemelha-se a um chumaço de algodão e é adaptada a vários formatos para facilitar a aplicação. A moxa devidamente preparada com a artemísia é queimada e aproximada da pele para aquecer o ponto a ser desbloqueado. Além de não pegar fogo quando acesa, evitando que as cinzas caiam sobre a pele do paciente, a planta emana substâncias com capacidade medicamentosa.


INDICAÇÕESA moxabustão é indicada para muitos casos, tais como resfriado, bronquite, gastrite, anorexia, impotência, dor ciática, artrite reumatóide, amenorreia, dismenorreia, rinite, neurodermites e depressão. Em geral, a Moxabustão é o tratamento escolhido para o estímulo dos pontos shu dorsais a fim de aumentar a energia jing, um tipo de energia fundamental para a manutenção da vida e que é dividida em anatómica, funcional e espiritual. O jing anatómico controla a estrutura material do corpo, como osso, medula e cérebro; o funcional controla a estrutura sensorial, como a audição; e o espiritual controla a estrutura mental, por exemplo, a vontade.

A contra-indicação mais importante está relacionada com os pontos da aplicação. Deve-se evitar a Moxabustão sobre grandes vasos sanguíneos e em algumas partes do corpo, como a face, o couro cabeludo ou próximo dos genitais ou mamilos. Existem pontos de Acupunctura onde o calor não deve ser aplicado, bem como nos pacientes que apresentam alterações energéticas importantes do tipo excesso de Yang e vazio de Yin. A técnica também não é usada nos tratamentos de doenças Yang, como febre, inflamações agudas causadas por bactérias e vírus, dores de cabeça, lesões na pele e problemas de ordem psíquica.

CADA CASO UM CASOEm geral, cada sessão dura de 40 minutos a uma hora, mas a sua duração depende muito do paciente: há casos em que apenas duas sessões são o suficiente; para outros, pode levar meses. Há pessoas, ainda, que a utilizam pelo resto da vida – principalmente quem opta pela técnica de forma preventiva, já que a moxa tem a capacidade de tonificar, estimular os pontos e melhorar a imunidade.

Quem define o tempo de tratamento, bem como se a técnica é a mais adequada para o paciente, é um profissional especializado, a partir do diagnóstico da doença. A moxa pode ser utilizada isoladamente ou associada à Acupunctura e a outros métodos da Medicina Tradicional Chinesa. Na prática, a Moxabustão pode ser aplicada por qualquer profissional conhecedor da técnica, que não é regulamentada. Mas é comum o método ser utilizado por acupuncturistas. Por exemplo, eu raramente trato um paciente somente pelo método de Moxabustão. Cientificamente está comprovado que o estímulo cerebral pela Acupunctura é melhor, por isso a moxa é complementar ao tratamento, mas não o elemento principal.

TERAPIA QUENTE
Os formatos mais comuns do material preparado com a planta artemísia são em cone ou bastão. Geralmente importados, os bastões podem ser aplicados de forma directa ou indirecta. Na primeira, pode ou não haver o contacto da moxa com a pele. Nesse caso, o chumaço de artemísia no tamanho de grão de feijão é fixado na pele e queimado até ao fim. Como há risco de queimaduras, esse tipo de método é pouco adoptado, pois o objectivo da técnica não é provocar dor. O mais comum é que o terapeuta aproxime o bastão da pele até uma distância em que o calor seja tolerável pelo paciente.

A aplicação indirecta é mais utilizada com a moxa em formato de cone. Entre a pele e o preparo da artemísia são colocadas fatias de alho, gengibre ou camadas de sal para potencializar a eficácia da técnica. Veja abaixo os principais usos e indicações:

GENGIBRE – síndrome de superfície, vómito por síndromes de frio do estômago, tosse por síndrome do frio, remoção de toxinas, cólicas e diarreias.

ALHO – neurodermites, furúnculos, diarreia, verminose e artrites.

SAL – empachamento, epigastralgia, dificuldade para urinar, retenção de muco no peito.

LAMA AMARELA – recomendada para disfunção do baço e estômago.


Nas décadas mais recentes, investigações sobre o mecanismo da acupunctura têm sido levadas a cabo em todo o mundo. Estas investigações provaram que a acupunctura e a moxabustão têm efeitos na regulação da actividade funcional e fisiológica dos sistemas do corpo humano e podem aumentar a capacidade de resistência do organismo às doenças. A acupunctura tem contribuído para os cuidados de saúde da China e de diversas outras nações. A sua divulgação tem contribuído não só para prevenir o aparecimento de doenças mas também para aliviar o sofrimento de uma grande parte da humanidade. EXPERIMENTE!

O Inverno e o Frio

Esta estação do ano está associada a vários factores patogénicos exteriores, como o clima frio e húmido, que pode influenciar a nossa saúde, consoante a nossa resistência, condição física e sistema imunitário.

Na Medicina Tradicional Chinesa, o Inverno está associado ao frio, e aos orgãos bexiga e rins . Este factor é predominante no Inverno, mas pode aparecer noutras estações. O frio pode ser exterior /ambiental, ou uma manifestação patológica da deficiência/vazio de yang-qi e perda de calor (interior).

O corpo com vazio de yang e frio interno é mais provável que seja afectado pelo frio exterior. Assim, quando o frio exterior entra no corpo e acumula sem dispersão, vai prejudicar o yang-qi o que resulta em frio interior. Este é o caso de pessoas que têm muita tendência para se constiparem, o que resulta da falta de yang e corresponde a um sistema imunitário mais fraco. Mas, mesmo numa pessoa muito saudável o yang pode diminuir, levando-o até à morte, se tiver durante muito tempo exposta ao frio exterior.

O frio patogénico tem várias características, tais como:

- é de natureza yin , o que tende a prejudicar o yang-qi do corpo humano;

- é cogulativo e obstrutivo, pois pode bloquear ou coagular qi e o sangue nos canais impedindo a sua circulação, causando vários tipos de dor;

- contrai os músculos, tendões, artérias e veias, o que dificulta a normal circulação do sangue (um exemplo deste caso é quando uma pessoa após ter estado exposta ao ar condicionado, sente uma pontada nas costas ou ombros, ficando com os músculos rígidos).

A soltura intestinal, dores menstruais, infertilidade, dores de estômago, mãos e pés frios, frieiras, articulações dolorosas e infecções urinárias são algumas das doenças causadas pelo frio . Em MTC existem 8 métodos terapêuticos para cada causa do factor patogénico, mas no caso do frio utiliza-se o método do Aquecimento. Este método aquece o interior (o estômago), ajuda a reforçar o sistema digestivo e a aumentar o yang . Afasta e dispersa o frio patogénico, ajuda a recuperar o yang , remove as obstruções dos canais e regula os canais sanguíneos. Para a má circulação, deve-se aquecer o yang , tratando assim a sua diminuição. E aquecer os canais para expelir o frio patogénico, é aplicado essencialmente a sindromas em que os canais estão bloqueados devido a esse frio, estagnando o qi e o sangue, tendo as funções de aliviar as dores e de melhorar a circulação sanguínea.

A Acupunctura , Moxabustão, manipulação de Aquecimento de Tui-Na, e vários produtos de Fitoterapia, são óptimas terapias para estimular o yang-qi , fazer fluir o sangue e descontrair os tendões e os músculos. Aqui ficam alguns conselhos para prevenir estas doenças: não ande descalço nem se sente em chão frio, e mantenha o ventre e costas cobertas.

FILOSOFIA DE PREVENÇÃO

Não nos devemos esquecer que a palavra de ordem da MTC é quase sempre a prevenção! E se é possível tratar a maioria dos problemas referidos durante os períodos de crise, a verdade é que é sempre melhor antecipá-los. Na MTC existe mesmo um provérbio antigo: “Curar as doenças do Verão no Inverno”. No Inverno, os tratamentos - que geralmente consistem em “aquecer” o paciente - têm de lutar contra dois inimigos: o frio interno e o frio externo (o frio interno corresponde geralmente à condição crónica de que o paciente sofre), enquanto no Verão só têm de lutar contra o frio interno. Diz-se: “tratar doenças de frio no Inverno é como secar roupa à chuva!” Por isso, para o ano, se sofre de problemas que se agudizam no Inverno, comece a tratar-se no Verão!

DEPRESSÕES DE INVERNO

Outra área crítica no Inverno é a da saúde psíquica e mental. As depressões de inverno são muito frequentes, e como o Rim é o órgão que controla a vontade, tornam-se muito debilitantes pela incapacidade de trabalho e de actividade que geram. A emoção associada ao Rim é o medo, o que explica também a prevalência das ansiedades e temores nesta época. Mesmo quando a pessoa não sofre deste tipo de depressão em grande grau, existe uma perda de energia mental associada ao Inverno, que se manifesta muitas vezes como uma falta de energia geral.
Nestes casos a Acupunctura é extremamente eficaz, e consegue muitas vezes resolver o problema. Mas a MTC possui também fórmulas de Fitoterapia capazes de regular as emoções e resolver muitos problemas psíquicos; muitas delas podem também ser tomadas preventivamente, antes da chegada do Inverno.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Tratamento do Frio pela MTC

Em todos estes casos, a MTC possui tratamentos eficazes e muito seguros, sem qualquer contra-indicação. A acupunctura é muito eficiente a desbloquear os meridianos, e a resolver contraturas e problemas de circulação específicos. Quando é complementada com moxabustão, por exemplo, as dores das artrites e artroses são controláveis, por vezes durante meses. Aliás, a moxabustão, uma aplicação de calor local, é particularmente indicada no Inverno, já que combate frontalmente o frio e as humidades.
É particularmente indicada nos casos de ataques de Frio externo, como tratamento imediato para impedir que penetre mais fundo na energia do corpo; mas é igualmente indicada como tratamento de longo prazo nos casos de frio interno. Quando o frio já penetrou mais fundo no corpo, é geralmente indicado também a Fitoterapia, já que as propriedades medicinais das plantas podem penetrar mais fundo e a mais longo prazo e ajudar o corpo a vencer a doença.

Os Problemas Típicos do Inverno e do Frio

No Inverno, o principal problema é o Frio, que ao penetrar no corpo pode originar vários problemas e patologias. Na MTC estas são muitas vezes descritas de modo geral, como Frio externo (se não for tratado pode penetrar mais fundo e transformar-se em Frio interno), Vento, Humidade, etc… cada palavra descrevendo um tipo de actividade ou processo que afecta o corpo. As principais consequências do Frio na MTC são:

- O Frio externo, sobretudo quando combinado com o Vento, ataca a zona do pescoço e da base do crânio, e causa contracções, dores de cabeça, dores musculares na parte superior do corpo e tensão nos ombros;
- O Vento Frio ataca também frequentemente o Pulmão, causando gripes, constipações e outros problemas das vias respiratórias, calafrios gerais, etc…
- O Frio interno crónico causa as típicas “dores dos ossos e articulações”, artrites ou artroses reumatóides, que costumam piorar no Inverno.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

OLHOS - Eles Refletem Várias Doenças


Mais do que indiscretamente dizerem o que sentimos, os olhos podem contribuir no diagnóstico e acompanhamento médico de várias doenças.
Dor de cabeça, visão embaçada, enxergar estrelas em plena luz do dia, dificuldade de foco, olhos vermelhos e ardência são sintomas que levam a maioria das pessoas ao oftalmologista. O que poucos sabem é que o exame de fundo de olho mapeia todo o organismo e pode até salvar vidas.
De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, muitas doenças aparecem no fundo do olho, região que fica entre o cristalino (lente dos olhos responsável pelo foco) e a retina (membrana receptora das imagens). Ele explica que o exame completo é feito com a pupila dilatada e uma lente que aumenta diversas vezes o nervo óptico, retina e vasos.
O procedimento detecta distúrbios oculares e sistêmicos. Não é preventivo, comenta, porque a doença já está instalada, mas permite controlar sua evolução. É o caso da hipertensão arterial, diabetes, doenças reumáticas, tuberculose, toxoplasmose, lepra, Aids, e até tumores intracranianos que muitas vezes se manifestam primeiro nos olhos.
O especialista diz que é muito comum o clínico geral encaminhar um paciente diabético ao oftalmologista. Isso porque, através das informações sobre vasos e artérias oculares contidas no relatório do exame de fundo de olho, o clínico pode saber como está funcionando o rim do paciente, além de controlar o nível de glicose no sangue.

Sinais visuais
Queiroz Neto afirma que as doenças sistêmicas dão sinais ao portador que indicam urgência de exame médico para evitar maiores complicações.

Os principais sinais são:
• Pupila contraída: Indica uveite, inflamação da uvéa que é formada pela íris, corpo ciliar e coróide. Pode levar à cegueira se não for tratada. Resulta de toxoplasmose, doenças reumáticas auto-imunes, herpes, tuberculose, lepra ou certos tipos de leucemia.
• Pupila dilatada: Pode estar relacionada a tumores, glaucoma, trauma, doenças do sistema nervoso central.
• Visão dupla: Pode apontar presença de tumor intracraniano, acidentes vasculares centrais, traumas e hiperglicemia.
• Olhos saltados e inchaço: São sinais, principalmente, de distúrbios da tireóide.
• Mudança na cor dos olhos: É causada por medicamentos ou inflamações oculares.
• Cegueira momentânea: Indica tumor intracraniano, má circulação no cérebro ou arritmia cardíaca.
• Visão borrada: Pode sinalizar diabetes, sangramento ocular, inflamação, hipertensão arterial.
• Olho seco: A falta de lágrima pode ser causada por disfunções hormonais, menopausa e até Síndrome de Sjogren, uma doença reumática crônica.

Dor de cabeça e visão
O especialista explica que a dor de cabeça relacionada à falta de óculos geralmente aparece no final do dia e pode indicar a chegada da presbiopia ou vista cansada para quem passou dos 40 anos.
Também pode atingir, ressalta, quem não atualiza os óculos há mais de um ano e tem instabilidade refrativa, ou portadores de grande diferença de acuidade visual entre os olhos.
Pessoas que têm enxaqueca freqüente e não pertencem a estes grupos, alerta, correm o risco de ter aumento na escavação do disco óptico que leva ao glaucoma ou neuropatia óptica isquêmica causada pela contração dos vasos oculares.

Estresse
O aumento da produção de cortisol, hormônio relacionado ao estresse, enfraquece a musculatura ciliar que é responsável pela capacidade de focar e desfocar do cristalino, chamada de acomodação pela oftalmologia.
No trabalho, ressalta Queiroz Neto, o comprometimento da acomodação reduz a produtividade e predispõe a acidentes. O estresse, comenta, também pode induzir ao acúmulo de líquido entre as camadas da retina, causando visão distorcida na região central, hipermetropia induzida e metamorfopsia (tortuosidade das letras) temporária e até permanente.

Para relaxar os olhos as dicas do médico são:
• Olhe para o infinito por 30 segundos a cada duas horas de trabalho.
• Movimente os olhos para cima, para baixo, à esquerda e à direita.
• Faça movimentos circulares com os olhos para a esquerda e para a direita.

(*) Com LDC Comunicação

Fonte: http://www.brpress.net/educacao.asp?cod=762